quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pulseira...

Sempre tive uma grande panca por pulseiras, adoro de todo o tipo, acho todas maravilhosas. Admiro quando vejo alguém a exibir um monte de pulseiras, revela personalidade, alguma excentricidade, sai do vulgar. A minha primeira pulseira, foi do Nosso Senhor do Bonfim, como eu queria uma. Devia ter mais ou menos 16 anos e era objecto de grande desejo, mas na minha terrinha não existia nada próximo da dita pulseira para vender. Assim, comprei no Verão em Porto Côvo, que quem conhece a terra, sabe que é o sítio da bugiganga. Queria uma de cor rosa, mas só havia laranja, cor que não era bem a minha onda, porém a vontade de a ter foi superior à cor e acabei por comprar e serviu de grande alegria, pelo menos até entrar novamente na escola.
Esqueci-me de um pormenor, o meu pulso é bastante fino, ainda o era mais na altura, pelo a porra da fita andava para dar três voltas.
Quando regressei à escola, percebi que todos tinham pulseiras do Bonfim, com cores bem mais giras do que a minha laranja, outra questão importantíssima na altura, era o rasgo da pulseira, todos tinham as pulseiras já com algum rasgão, prestes a partir.
A minha estava intacta. Sempre fui de dar a volta à questão, pelo decidi promover o rasgão da pulseira, eu própria tentava danificar a pulseira, porquê? porque era fixe :).
Mais tarde, voltei a ter uma pulseira do Bonfim, foi oferecida pelo meu professor de Antropologia, achei o gesto muito bonito, pelo que tomei logo a decisão que iria ser usada com fervor, várias cores no saco (deu a todos os alunos), a cor que me calhou roxo, uma merda de cor, mas enfim usei até rasgar.

Os desejos realizaram-se, isto é parcialmente, afinal de contas eram três desejos.

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