O Natal para mim nunca foi uma data muito importante, desde que perdi a minha mãe, sempre foi dias bem tristes. Tudo mudou quando nasceu a minha sobrinha, a alegria apoderou-se de nós, vivíamos (eu e a mana) aquela época antes da véspera de Natal com grande entusiasmo, a preparar a decoração, as comidinhas, os presentes, delirávamos com as luzes e com o consumismo...mas, quando chegava o dia, era aquela sensação, é isto outra vez. Não é completo falta qualquer coisa. A minha sobrinha recebe os presentes, agora tenho a minha filha que me dá o dobro da felicidade, mas naquela hora, tenho sempre a sensação de...é isto, já está...falta qualquer coisa.
Devo acrescentar que felizmente tenho ao meu lado um Homem formidável que faz de tudo para me ver bem, ou seja, canta, atira os foguetes e apanha as canas...por outro lado tenho a brigada do reumático que não nos deixa estar. Às onze horas, tivemos que terminar a festa, pois o meu tio e pai não paravam de se queixar com dores, com sono, etc.
Porque é que tive de parar, porque infelizmente moro num T2, e a sala era necessária para fazer de quarto. Fiquei lixada...mas não há outra forma.
Foi muito bom, ver a Carminho a receber os presentes, foi comovente e com essa alegria, que tento preencher o tal vazio, a falta da minha mãe, seria tudo tão diferente se tivesses cá.
A minha filhota estava assustada e eufórica ao mesmo tempo, olhava para tudo com muita curiosidade. O presente que mais adorou foi o balde com esfregona e vassoura, não fosse ela uma menina ada a estas coisas. Recebeu roupa muito gira, dos amigos e família.
Os meus presentes foram bons, o que eu queria.
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